Postagens

Mostrando postagens de fevereiro 7, 2020

sobre Lizzie e Darcy

Divaguei sobre desperdício e inspirei uma pessoa a escrever sobre os invisíveis do cotidiano. E essa pessoa me levou a pensar sobre eles e sobre o meu papel atrás do balcão. Também me sinto invisível às vezes. Quando fazem o pedido sem me dizer bom dia ou me pagam e saem sem agradecer. Às vezes eu agradeço e recebo um vazio como resposta. Em outros momentos me sinto exposta até demais. Quando me perguntam sobre a minha vida pessoal ou me explicam como eu deveria tocar meu café. Existe uma linha que divide a superexposição da autopreservação? É possível equilibrar-se?  Ou é melhor seguir invisível para não se machucar? Às vezes dói não ser visto. Muitas vezes dói ser cobiçado como um objeto a se possuir. Extrapolei a discussão da invisibilidade para pensar na condição da mulher. Estamos sempre com medo. A todo momento ouvindo o quanto somos frágeis, quando na verdade não somos: é apenas o que os donos do poder querem que pensemos para seguir nos dominando. Existe uma condição feminina