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Mostrando postagens de 2015

no meio do caminho tinha um GPS

Tive um final de semana pra lá de divertido, e olha que foram tantos contratempos. Primeiro me perdi na ida a Piracicaba. Sai da casa da tia com a certeza de que me perderia, mas quando me vi na estrada errada sem saber onde estava, aumentei o volume do rádio para cantarolar Beatles mais alto e me acalmei. Cheguei na casa da irmã para a festa dos sessentinha da mãe com uma hora de atraso, depois de cinco horas de uma viagem que duraria quatro horas. Lá encontrei a vó deitada no sofazinho, esperando a dor de barriga passar. A irmã e a prima estavam preparando guloseimas com a mãe e o pai e o cunhado tinham saído para buscar o chope. Eu cheguei tarde achando que todo mundo estaria lá mas, na verdade, fui a primeira a chegar. A festa foi muito divertida, teve comidinhas gostosas preparadas pelo cunhado e pela irmã, o bolo de camafeu estava divino e os brigadeiros - e o cajuzinho - MaLô fizeram sucesso. O chope de trigo - que a tia não gostou - acabou primeiro. E eu bebi. Bebi até cair. Fu

não precisa chorar

Outro dia minha vó chorou no telefone. Não queria morrer sem ver a neta mais velha casada e por isso me contou que estava fazendo orações por mim. E começou a chorar. Fiquei muda. Depois respirei fundo e disse que estava bem, que era feliz assim etc e tal e ela desligou, mas não me pareceu convencida. Quer dizer, para ela, nascida em 1932, uma mulher de 34 anos morando sozinha, pagando as contas, sem ninguém para cuidar dela é quase um pecado. Não tá certo. Não presta. O que ela não entende - e não adianta explicar - é que essa minha geração cresceu assim. Mesmo que tenhamos mães que foram criadas pelas nossas avós para casar, elas nos criaram para estudar, ter uma profissão além de casar e ter filhos e nós, provavelmente, criaremos nossos filhos para serem o que desejarem porque sabemos que ninguém completa ninguém. Que a baboseira de ser um todo e se bastar não é tão baboseira assim, porque só conseguimos amar alguém de verdade - qualidades e defeitos - se respeitamos a pessoa que so

escapadas estreladas

"A saudade da família crescia para ser saciada só na próxima folga" O relógio batia seis da tarde e as meninas já estavam impacientes. De repente, o barulho da chave na porta e o buona notte do pai, que ia direto para o banho, vestia a roupa de fim de semana, colocava o boné na cabeça e carregava as malas para o carro, enquanto a mãe terminava de embalar os lanches e guardava na sacola o cantil azul com água gelada.  Devidamente acomodados, partiam rumo ao interior, para um feriado em família. Não sem antes enfrentar pelo menos uma hora de congestionamento da casa deles até o início da rodovia. Iam ouvindo as notícias do trânsito na tradicional rádio enquanto isso.  Na estrada, a trilha sonora era previamente escolhida pelo pai e administrada pela mãe, responsável por virar a fita cassete assim que terminava um dos lados. Clássicos italianos, rock dos anos 1960 e músicas infantis animavam a viagem. Seriam longos 500 quilômetros até a lombada que indicava que o sítio do no

mais um capítulo do diário

Nuggets nunca mais Seguir uma dieta saudável não é nada fácil, mas se tem uma coisa que aprendi no curso de gastronomia é que é sempre melhor cozinhar o alimento em casa, de preferência usando ingredientes frescos, do que culpar a falta de tempo e comer porcaria. Nuggets, hambúrguer pronto, macarrão instantâneo e bolo de caixinha nunca mais. E para combinar ingredientes não precisa ser nenhum expert; basta pesquisar receitas e usar a imaginação: qualquer passo que você der em direção à cozinha já é uma conquista, ainda que você não saiba muito sobre nutrição.  Outro dia, testei uma receita de biscoito de fubá que vi na tevê. Pensei: "Que delícia deve ser combinar aveia e fubá e ainda aliar as propriedades do óleo de coco ao sabor adocicado do melado de cana". Não consegui me conter e num sábado de manhã, antes de sair para o plantão, juntei os ingredientes que tinha em casa e assei os biscoitinhos. Foi bom desapegar da manteiga e do açúcar.  Ingredientes coringa No dia

minha doce terapia

O calor era tanto que resolvi fazer faxina depois de chegar em casa do trabalho. Só fui terminar lá pelas dez da noite. Depois de um banho refrescante, preparei uma vitamina, cortei um pedaço do pão de banana com aveia e sentei no sofá, procurando alguma coisa banal para ver na tevê. O dia tinha sido tenso. Problemas corriqueiros da rotina de um jornal que poderiam ser resolvidos num piscar de olhos se as pessoas se colocassem umas no lugar das outras. Enquanto limpava ensaiava discursos na mente. Pensei em tudo o que já aconteceu nesses 12 anos de jornalismo, em como amadureci como pessoa e cresci como profissional. Não sinto mais tanto medo. E isso é uma coisa boa. Se deixar o jornal amanhã, seguirei com a cabeça erguida e a sensação de sempre ter feito o meu melhor. Eu entendo o medo em decepcionar o outro, convivo com ele desde sempre. Mas hoje aprendi a me dar mais valor, a reconhecer que, em alguns casos, o que alguns consideram meus defeitos, como a mania de organização e perfei

Como vejo a cidade

Passando pelo Calçadão de Londrina, numa manhã dessas, me lembrei do quão provinciana uma cidade pode ser. Encontrei pelo caminho os senhores aposentados que tomam sol nos bancos de alvenaria em frente às lojas, enquanto papeiam sobre os mais diversos temas, desde a rodada do campeonato de futebol até a política, a economia do País e o valor da conta do supermercado, "um absurdo".  Me deparei com a correria dos trabalhadores que precisam cruzar o centro da cidade para chegar ao terminal urbano e com as donas de casa que deixam o bairro para aproveitar as liquidações das grandes redes varejistas da rua Sergipe.  O retratista e seu pequeno cavalinho de brinquedo continuam estacionados na esquina da rua Rio de Janeiro, no final da praça Marechal Floriano Peixoto - mais conhecida como praça da Bandeira -, à espera de alguém que precise de uma foto 3x4 em tempos digitais.  Ao atravessar a praça, fiz o sinal da cruz em frente a Catedral, notando o grafite em uma das paredes late

diário de uma aluna de gastronomia chocolatudo

Bolo de chocolate Todo mundo que gosta de cozinhar tem pelo menos uma receita de bolo de chocolate na manga para aquelas tardes de domingo em que a vontade de comer um docinho bate mais forte. Pode ser o bom e velho nega maluca, pode ser a primeira receita que aparecer na pesquisa da internet, pode ser aquela delícia que a avó preparava e até um bolo de caneca de micro-ondas que mata a lombriga rapidinho. No meu singelo caderno de receitas - que, admito, precisa de mais atenção e cuidados - tenho umas quatro ou cinco receitas de bolo de chocolate diferentes. A melhor delas, na minha opinião, é a que leva rum na massa; a primeira que aprendi a preparar sozinha, depois de assistir um programa da cozinheira Ofélia na tevê quando ainda era criança.  Coringa Acertei esse bolo de primeira e desde então ele tem sido meu aliado quando quero agradar com o tal bolo de chocolate. Ele fica firme e doce na medida certa e melhor ainda quando regado com uma cobertura bem cremosa - de chocolate,

notícias tristes fazem parte

Hoje o dia foi bem esquisito. Daqueles dias em que você preferiria continuar dormindo a tarde inteira e começar a noite já na cama, para pensar na vida só amanhã. Foram muitas informações tristes para digerir numa só manhã. Mas tudo bem, estamos ai para isso. Um bolo de chocolate preparado com carinho, um café com as amigas confidentes antes de iniciar o trabalho, uma esfiha aberta com o amigo que comemorava uma meta alcançada amenizaram minha tristeza. Porque apesar de não ter acontecido nada comigo, fiquei bastante triste com a notícia ruim do início do dia. Ela me pos a pensar sobre as pessoas queridas e o quanto a vida é frágil e como mal conhecemos quem caminha ao nosso lado diariamente. Ontem foi um dia de quebrar paradigmas na poltrona marrom. De falar, pela primeira vez, sobre assuntos difíceis e evitados nos últimos seis anos. Primeiro usei a escrita para me expressar, li o texto, concentrada, achando que bastaria. Mas precisei encarar o medo e responder perguntas para as quai

diário de uma aluna de gastronomia - julho

Tradições e adaptações Na faculdade de gastronomia, estudamos culinária internacional. Aprendemos sobre as influências de cada país, seus pratos tradicionais, seus principais ingredientes e como podemos adaptar comidas clássicas de outras nacionalidades para a nossa realidade, como o estrogonofe, o macarrão a bolonhesa, o ovo mexido com bacon, o yakissoba, entre outras delícias que hoje fazem parte do cardápio do brasileiro, se não do gosto mundial. Descobri que nos países do leste europeu, o creme de leite é bastante usado na finalização dos pratos, quase sempre feito com legumes. Que na Islândia, por exemplo, se come carne de rena - eu mesma experimentei durante uma viagem que fiz ao país gelado pela FOLHA no início do ano -, que nos países escandinavos, o salmão é apreciado do café da manhã até o jantar e que em Portugal, sopa de pedra é uma iguaria, assim como os doces finos franceses, como o crepe suzette. Paella e babaganoush Aprendi a preparar pratos clássicos gregos, russ

desacelerando

Meu pai se aposentou e, com a aposentadoria, veio a vontade de mudar um pouco a vida. Nas palavras dele, "deixá-la mais tranquila". Mas antes de parar de vez, ele tentou tocar o próprio negócio e enquanto captava clientes, recebeu uma proposta para ser consultor em uma fábrica no interior de São Paulo. Ele teria que morar na cidadezinha durante a semana e voltar para a capital aos fins de semana, como nunca tinha feito antes. Trocou seu negócio próprio por uma nova experiência e continuou me ensinando sobre superação.  Me preocupei, porque minha mãe ficaria sozinha na capital. Mas o arranjo deles deu certo e ele passou a gostar da tal Ibitinga, "a cidade dos bordados". Esse trabalho fez meu pai se sentir valorizado novamente e empolgado, como há muito tempo não se sentia. Ele me ligava e dizia que morava "no fim da cidade", a apenas 10 minutos do trabalho. Uma benção, já que nos últimos 20 anos, meu pai viajava cerca de 100 quilômetros diários para ir e

diário de uma aluna de gastronomia

FEVEREIRO Doce e crocante Não sei ao certo quando foi a primeira vez que comi crostoli, só me lembro que em todo Carnaval na casa das tias, no interior, tinha baciadas de uma massinha doce e crocante que tornava qualquer café da tarde especial. Conforme fomos crescendo, eu, minha irmã e minhas primas trocamos as pedaladas pela cidade por uma tarde ajudando as tias na preparação da bolachinha. E assim foi criado nosso ritual carnavalesco familiar.  Tarde de domingo, depois da macarronada, a tia junta os ingredientes da massa – leite, ovos, açúcar, manteiga, pinga, raspas de laranja e farinha até dar ponto – amassa bem até a mistura ficar bem homogênea e prepara o cilindro. Farinha à vontade e gira a manivela daqui, puxa a massa dali até ficar fininha, fininha. Depois, estica as massas sobre toalhas na mesa da sala de jantar, da cozinha, na cama da tia...e a meninada começa a dar forma à bolachinha. Cortamos diversos retângulos e com a faca fazemos dois risquinhos em cada um deles,

preguiçosa

Eu sempre fui meio preguiçosa. Quando pequena, inventei que a água da piscina era muito quente e o vapor me sufocava só para fugir das aulas de natação.  Até tentei jogar vôlei na escola, mas era uma pata.  Também deixava as lições de casa e os trabalhos de escola para a última hora e enlouquecia minha mãe, que tinha que me ajudar a terminar para que eu não levasse um zero.   Preferia ver Changeman na televisão.   Só fui tirar uma nota vermelha no primeiro colegial. E foi justo um zero, em desenho geométrico. Nunca contei para a minha mãe, é claro, mas ela precisou se acostumar que eu não teria mais aquele boletim azulzinho azulzinho porque física, química e geometria me davam arrepios. Como me dão até hoje.  Eu gostava mesmo era de viajar nas aulas de história do meu professor palmeirense preferido e depois da minha professora de sobrenome Brazil, que era irmã do professor de literatura e um dia leu minha mão numa festa junina da escola. Ela disse que eu me casaria com um rapaz loir

melancolia

Eu sonhei contigo esta noite. Foi um sonho maluco, como têm sido meus sonhos ultimamente - fruto dos efeitos do rescue. Mas no sonho, como na vida real, você foi embora sem deixar rastros. Desta vez eu me desesperava porque tinha perdido a câmera fotográfica com fotos da sua visita. Eu procurei por toda parte - engraçado que a procura se deu num dos quartos de visita da antiga casa da minha vó, que não existe mais. Duas saudades num só sonho. Talvez você tenha sido o personagem principal do meu sonho porque vi uma foto sua ontem. Ou porque vira e mexe você volta ao meu pensamento. E como eu queria te esquecer. Seria importante para eu seguir meu caminho. Mas, por alguma razão que desconheço, você ainda está aqui. Tenho a sensação de que nunca partirá. Acordei com o peito apertado e vontade de chorar. Fui fazer faxina ao invés disso. Ouvindo uma playlist que tinha um pouco de você. Senti vontade de chorar com a vassoura na mão, mas não chorei. Cantei bem alto. Agora estou com vontade de

no lugar do outro

Todo mundo tem uma opinião sobre a vida da gente. A gente opina sobre a vida do outro o tempo todo. Às vezes a gente pede opinião, outras precisa ouvir o que o outro tem a dizer. Eu tomei uma decisão que diz respeito só a mim, mas um monte de gente lamenta por mim, o que torna tudo mais difícil. Inclusive por isso foi dolorido decidir. Mas uma vez decidida, coloquei na cabeça que preciso levar meus desejos adiante, independentemente da vontade alheia. Porque a gente sempre quer o que a gente acha que é melhor para o outro, e quase nunca se coloca no lugar da pessoa. Estou tentando exercer essa troca e pensar porque algumas pessoas agem como agem. Nem sempre é fácil aceitar, mas é preciso. Por amor e respeito ao próximo, especialmente. Nos dias em quem estive de molho, ouvi diversas opiniões diferentes sobre como deveria ter agido para não deixar a situação chegar ao ponto em que chegou. E quer saber, dessa vez tenho certeza de que fui adulta o suficiente para escolher o melhor caminho

doente

Eu tomei a decisão depois de muito pensar: não sou mais uma universitária. Tranquei a matrícula do segundo ano de gastronomia e me matriculei num curso de confeitaria com aulas apenas duas vezes por semana. Também me matriculei em aulas de flamenco, que há anos faziam parte dos meus planos. Desde que escrevi uma matéria sobre como a flamencoterapia havia mudado a vida de senhorinhas londrinenses, que reconquistaram seus corpos e sua autoestima dançando. São duas novas apostas que irão cobrar muito menos de mim este ano, assim espero. E desde que decidi desacelerar, meu corpo tem me dado respostas de que foi a melhor decisão a tomar este ano. Porque se eu não tivesse readequado meus sonhos (e não desistido, como alguns podem pensar), eu não sei como estaria agora. Pela primeira vez na vida - isso mesmo, primeira - eu estou doente. Um estado físico - e psicológico - desconhecido para mim até então. E estas últimas semanas têm sido das mais difíceis. Precisar parar, "internar-se&quo

triste

Tomar decisões nunca é um momento confortável. Ainda mais quando você mesmo provoca situações das quais tem vontade de sair depois. Entender o porquê, respeitar seus limites e abraçar as mudanças fazem parte do processo. Mas quem disse que dá para enfrentar isso tudo sem tristeza, não sabe de nada. Carregamos nossas vontades e uma delas é ser um pouco melhor a cada dia. E não decepcionar, principalmente a nós mesmos. Mas alguns desafios tornam-se grandes demais para contorná-los de uma vez só. São necessárias diversas voltas no quarteirão até acharmos um local fácil para estacionar. Eu sei fazer balizas. Aprendi com anos de prática. Ainda assim, suo cada vez que tenho que realizar uma no trânsito. Com as decisões é a mesma coisa. Mesmo sabendo que só cabe a mim escolher, que a escolha afetará unicamente a mim e que eu terei de me responsabilizar pelo que acontecer depois, eu suo. E fico triste. Me parece ridículo mas, na verdade, é simplesmente humano. 

moranguinho suculento

Juliana queria surpreender o marido Wilson em seu primeiro aniversário de casamento. Ela era uma moça simples, que sempre morou no sítio com os pais e os dois irmãos, um vereador e o outro policial na cidadezinha de interior.  Todo mundo que conhecia Juliana sabia o quanto ela apreciava as coisas muito bem-feitas. Fosse o arroz e feijão de todo dia, a roupa lavada e passada com esmero, o vestido e o sapato da moda, a maquiagem e o cabelo impecáveis antes de sair de casa. Simples era sua vida, não sua personalidade.  Pois enquanto Juliana se preocupava com os afazeres da casa, Wilson, agricultor que sempre trabalhou com o pai e o irmão na terra que um dia foi do nonno italiano, saiu cedo de casa naquele dia. Vestiu a roupa do sítio, calçou a botina, colocou o boné na cabeça, deu um beijo na esposa - que ainda dormia - tomou sua cumbuquinha de café com leite e pão, subiu na caminhonete e partiu. Era o primeiro dia da colheita do milho e ele nem imaginava que um jantar especial o espera

quase uma viking

Nunca pensei que um dia conheceria as terras geladas da Islândia. Mas tai mais uma história bacana para contar aos meus filhos, quando eles chegarem ao mundo. E dai que os islandeses são bem parecidos com seus antepassados vikings. Os homens são altos, loiros, barbudos e em forma. Lindos. As mulheres também são lindas e além da simpatia, a maçã do roso ressaltada me chamou a atenção, talvez porque remetiam um certo ar europeu que eu mesma carrego. Não conversei com os nativos pois na única manhã de folga na viagem não tinha ninguém na rua da capital. Tudo bem, era domingo. E inverno. E apenas 8h30 da manhã (lá o sol nasce às 10). Mas imagino que sejam pessoas divertidas. Eles gostam de beber. Encontrei garrafas e copos de cerveja escondidos próximos a diversos pubs da capital Reykjavík que indicavam a curtição da noite passada. E os colegas que viajaram comigo - e se aventuraram nos pubs - contaram que sim, eles adoram uma cerveja. Elas também. A h, preciso explicar o que fui fazer na

e tudo acaba em pizza

Boletim azul Para este segundo - e último ano - de estudante de Gastronomia pretendo me deixar levar pelas delícias preparadas nas aulas e não tanto pelas notas. Se no primeiro ano priorizei meu boletim azul, nesta segunda etapa quero manter o bom desempenho, mas, principalmente, cultivar a paixão pela cozinha.  Não sei bem o que me espera no próximo semestre. Sei que teremos uma maratona gastronômica para a qual nos preparamos no primeiro ano e que terá como tema o pão. O grupo do qual faço parte será responsável por duas oficinas: de pizza e focaccia. Acho que será uma das mais concorridas, já que todo mundo que conheço adora uma pizza. Mas teremos diversas variedades de pães para o público degustar e aprender a preparar. Afinal, somos oito grupos na sala.  Ao vivo Como não participei da maratona do ano passado, fico apenas com as palavras do professor de que serão dias intensos, de muito trabalho. E que vai ter muita gente enrolando enquanto outros tantos estarão com a mão na