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Mostrando postagens de maio, 2019

o necessário

"Nós não podemos odiar o necessário, nós devemos amá-lo!" Ouvi essa frase de um personagem experimental enquanto assistia a uma peça de teatro numa sexta-feira à noite e precisei anotar para relembrar vez ou outra. Achei-a linda. E necessária. Os últimos dias foram intensos. De cabeça fervilhando por conta da amiga ansiedade. Foi tudo tão intenso que até voltei a dormir no sofá. Uma noite dessas, acordei no meio da madrugada com o barulho da tevê. E de repente, percorrendo a sala com os olhos, meu coração acelerou. E comecei a chorar. O pensamento era de total fracasso e a sensação, de abandono. De completa solidão. Quase um pânico. "Como cheguei até aqui?" "Onde estarei quando meus pais já não estiverem mais?" "Quem olhará por mim?" "Será que algum dia deixarei de ser filha?" Então foquei na tevê, respirei fundo e me mantive acordada, prestando atenção numa outra história qualquer. Eventualmente me acalmei e fui para a cama.