Como vejo a cidade
Passando pelo Calçadão de Londrina, numa manhã dessas, me lembrei do quão provinciana uma cidade pode ser. Encontrei pelo caminho os senhores aposentados que tomam sol nos bancos de alvenaria em frente às lojas, enquanto papeiam sobre os mais diversos temas, desde a rodada do campeonato de futebol até a política, a economia do País e o valor da conta do supermercado, "um absurdo". Me deparei com a correria dos trabalhadores que precisam cruzar o centro da cidade para chegar ao terminal urbano e com as donas de casa que deixam o bairro para aproveitar as liquidações das grandes redes varejistas da rua Sergipe. O retratista e seu pequeno cavalinho de brinquedo continuam estacionados na esquina da rua Rio de Janeiro, no final da praça Marechal Floriano Peixoto - mais conhecida como praça da Bandeira -, à espera de alguém que precise de uma foto 3x4 em tempos digitais. Ao atravessar a praça, fiz o sinal da cruz em frente a Catedral, notando o grafite em uma das paredes ...