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Mostrando postagens de novembro 29, 2012

oitenta anos

Tudo o que preciso saber sobre ela se resume no fato de estar viva. Se não fosse sua insistência com a tal parteira, talvez eu não estivesse aqui hoje para escrever sobre ela. Ela, minha vó Therezinha, a Therê do Milton, a mãe do Zezinho e da Guacira. A madrinha e mãe da Terezinha, que ganhou seu nome numa homenagem que virou família. Minha vó e avó da Natalia, do Adriano, da Amanda, da Ana Paula, da Bruna e, agora, também da Isabelly. A dona Therezinha, dona de uma força de vontade capaz de subir paredes, capinar mato do quintal, preparar bolinhos de banana num piscar de olhos só para agradar os netos. Eu a conheci 32 anos anos atrás, quando nasci, cinco dias após ela completar 48 anos. Ela deve ter me visto no hospital mas precisou correr para cuidar do marido, que havia comido umas laranjas passadas e teve uma crise estomacal. O Milton ficou uns dias internado e só foi curtir a primeira neta depois que a filha estava recuperada da cesariana. Coisas da vida. Histórias desencontradas