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Mostrando postagens de novembro, 2014

diário de uma aluna de gastronomia, parte 3

Molhos, ABNT e Masterchef Iniciar uma faculdade de gastronomia depois de 13 anos formada em jornalismo e fora da escola foi mais difícil do que eu pensava. Havia me esquecido das provas e trabalhos e das benditas normas técnicas da ABNT, que têm tirado meu sono algumas noites. Havia me esquecido como é ter que trabalhar em grupo e enfrentar umas 50 pessoas completamente diferentes de mim que também serão cozinheiros e encaram as aulas como se tudo aquilo fosse um verdadeiro Masterchef (não, não é, somos todos aprendizes). Havia me esquecido que teria de preparar saladas - e não gosto nada de comida fria.  Garde Manger é a matéria que trata deste tópico que tanto abominei em toda a vida, mas que aprendi a respeitar e até gostar - desde que a receita não leve ovos cozidos e pepino. Brincadeiras à parte, as aulas de cozinha fria foram muito complicadas para mim, que normalmente não coloco verde no prato - ou legumes que não tenham sido cozidos na manteiga.  Holandês francês Mas apre

deletei

Hoje apaguei mais de 800 e-mails do meu outlook, 822 para ser exata. Tinha coisa lá que eu nem lembrava mais, de mais de cinco anos. Respostas para amiga que mandava notícias do navio, histórias saudosas do primo italiano, pedidos para o advogado finalizar o distrato da lojinha, informações do casal que me ajudou a superar a perda de uma amizade com a oportunidade de ler para crianças em necessidade, enfim, tinha tanta coisa lá, mas bastou dois únicos cliques para deixar tudo onde pertence: no passado. Que sou apegada ao que aconteceu ontem todo mundo sabe, que acho que ontem era melhor que hoje e será sempre melhor que amanhã também, mas de repente é chegada a hora de colocar as coisas em seus devidos lugares e simplesmente aceitar que a vida é o hoje. Não são as aventuras italianas, as festas na caverninha, os almoços de domingo na casa da professora de natação ou as noites ouvindo música na penumbra da sala da amiga. Não são as terças, as quartas, as quintas de nomes engraçados que

suspiro

Minha mãe sugeriu que eu escrevesse, só assim a dor no estômago me abandonaria. Eu disse que nem isso consigo fazer mais. Não sei bem porque. Este ano foi tão maluco e rápido e intenso, que só queria colocar os pés na areia e contemplar o mar. Mas não vou à praia. Ao invés disso, vou à cachoeira. Deve fazer o mesmo efeito. Pelo menos espero. Há tanto tempo que não entro em contato com a natureza que já nem sei mais se sei bem como fazer isso. Só sei que este ano precisa acabar logo e bem. Porque 2015 precisa começar com o pé direito, abraços carinhosos, sorrisos, brindes, enfim, muita energia positiva para fazer com que o ano seja alegre. Eu acredito nessas bobagens. Até tentei não acreditar, mas acredito. Sou neta da minha vó e ela é bem supersticiosa. É claro que não me apego aos mínimos detalhes como ela, mas é claro, também, que desejar momentos felizes para a virada do ano é muito mais que superstição: é normal. Que assim seja, então, energias positivas para mim, para meus pais, m