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Mostrando postagens de fevereiro 20, 2016

fugaz

Quando alguém morre, relembramos nossas saudades e percebemos como a vida é frágil e fugaz. Fiquei sabendo da sua morte em um fim de tarde inacabável de trabalho. Por uma mensagem no celular. Uma dessas praticidades da modernidade, que em nada substituem o carinho da voz, mas tudo bem. Como não sei lidar muito bem com a morte, respondi com outra mensagem e logo comprei a passagem pelo site da companhia. Tudo muito prático e rápido. E enquanto fechava duas páginas de sábado com as últimas notícias de política, pensei na dona Isabel. Ela não era minha vó mas esteve sempre presente. Pouco conversei com ela, mas sempre me entretive com as suas histórias, contadas pelos meus primos. Eles tinham duas vós. A nossa e a vó Isabel. Que morou com eles desde sempre. Que dividiu quarto, fez comida, lavou roupa e ensinou a aproveitar o que a vida tem de melhor, ainda que na terceira idade. Ela era a senhorinha sempre bem vestida, com cabelos bem penteados, unhas feitas, batom na boca. Ela se arrumav