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Mostrando postagens de agosto, 2019

cadê minhas jujubas

Quando a gente tem uma vida confortável, com família estruturada e caminho quase que previamente traçado, a impressão que dá é que lá pelos 20 anos a gente tem a vida resolvida: é só arrumar o melhor emprego possível na profissão em que a gente se formou, juntar dinheiro para comprar a casa, o carro, encontrar o amor da vida, namorar, viajar, noivar, casar, ter filhos, ser promovido e ir levando até formar os filhos, aposentar, mimar os netos e esperar pelo fim. Por muito tempo esse foi o modelo de vida dessa nossa humanidade. Quem saía um pouco do script era julgado. Condenado. Passava a vida como um rejeitado. Aquele que deu errado, coitado. A ovelha negra da família. Todo mundo se preocupa com ele. O que vai ser dele, meu Deus? Mas daí a gente supera o bug do milênio e uma tal de internet nos conecta com quem nunca conheceríamos se ficássemos lá, vivendo a vida como pregam os tradicionalistas. A sensação é de que a gente pode tudo e não deve perder tempo. Eu, no meio disso tudo, n

a arte de correr na chuva

A única pessoa que me julga sou eu mesma. Cada dia que passa eu penso mais sobre equilíbrio e viver no agora.   E como essa é a nossa missão de vida inteira. Cada escolha que a gente faz impacta diretamente nestas duas variáveis: equilíbrio e agora. Ontem, por exemplo, eu estava exausta do dia intenso de trabalho - gratidão por isso - e só queria chegar em casa e colocar os pés para cima. Mas tinha recebido uma encomenda e precisava adiantá-la. Então escolhi começar o pilates outro dia. Não sem muito debater internamente: quando vou começar a cuidar da saúde? Quando farei o que tanto aconselho os demais a fazerem? Eu não consegui. E bati na porta da professora avisando que só começarei em setembro. Outro embate: com comida na geladeira, uso ou não o cupom do Ifood para pedir um hambúrguer? Usei. Comi. E fui ao segundo turno de trabalho: uma receita de brownie e uma de cookie pro dia seguinte, além da encomenda. E coloquei o cesto inteiro de roupa suja para lavar. Depois de duas horas

nova linguagem

O que de mais interessante absorvi da palestra da amiga sobre comunicação não-violenta é que estou no caminho certo do autoconhecimento. E sim, é um caminho muito duro. Muito duro mesmo. Todo dia a gente esbarra numa dificuldade. Todo dia a gente aprende. E só assim conseguimos nos relacionar melhor com o outro. Uma pergunta muito pertinente que a amiga fez ontem dizia: “Mas você quer mesmo se conectar com o outro?”. Às vezes a gente não quer. A gente só quer seguir a vida, um passo de cada vez. Não dá para se conectar com cada indivíduo que passa em nosso caminho. Mas dá para respeitar todos. Como ela ensinou, dá para buscar entender as necessidades de cada um: a nossa e a do outro. É daí que surge ou não a conexão. O pedido é uma mera finalização de algo que começou no primeiro olhar: na observação. Por isso acredito que quando o santo não bate, simplesmente não dá pra insistir. Isso não quer dizer desrespeitar. Lidando com público diariamente nos últimos 72 dias, consigo sorrir ma