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Mostrando postagens de dezembro 7, 2012

a farmacêutica

É mais uma que se vai. Que coloca seus pertences em uma caixa, enche as malas de roupas e vai seguir a vida. Ela chegou há cinco anos, de mansinho, sempre cuidando da própria vida de forma muito independente. Nunca me deixou cumprir o papel de prima mais velha. Há quatro anos mudou-se para o quarto ao lado e de lá saiu poucas vezes. Estudou como prodígio, dormiu como bicho-preguiça, namorou, brigou, chorou, frequentou festas de república, preparou comidas estranhas como strogonoff de soja, sempre muito independente. Lembro de tentar convidá-la para um ou outro almoço de domingo, mas não rolou. Ela no quarto ao lado e eu na sala. Vivendo juntas, separadas. Não sei se são os oito anos de diferença na idade, se são os interesses diversos de duas vidas, se são nossas personalidades, só sei que não conversamos muito nesse tempo todo. Mas quem sabe tenhamos conversado o suficiente. Peguei essa menina - hoje um mulherão cheio de atitude - no colo. Eu a mais velha, ela a caçula. Cabelão compri