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quatro estações

Eu fui a uma apresentação da Orquestra Sinfônica de Londrina sozinha, numa quinta à noite. Decidi meio de supetão ao ver a programação na rede social: as quatro estações de Vivaldi. Me lembrei dos dias que passei com meus pais e minha avó na praia, no final do ano passado, e no dia que meu pai viajou para São Paulo a trabalho e eu passei a tarde com as duas mulheres que me criaram. Teve uma hora que pedi para a Alexa tocar música clássica e deitei no sofá ao lado da minha mãe, que jogava candy crush. Minha vó estava sentada na sua poltroninha azul, ao lado da janela, vendo o movimento da rua.  Ela já tirado pelo menos dois dos seus vários cochilos diários, antes e depois do almoço. Um cochilo de fome, que acontece entre 11h30 e 12h, logo antes da minha mãe servir o almoço. E o outro entre 13h e 13h30, quando ela se sente muito cansada depois de comer. Ela se estica na cama por uns minutos e logo volta para a poltrona achando que dormiu a tarde inteira. O terceiro cochilo é sempre pouc

cistos

Estou prestes a tirar um cisto da cabeça. Nada grave. É um cisto sebáceo que nasceu despretensioso, como outros dois cistos que removi anos atrás. Parecem espinhas e coçam enquanto crescem.  Um dia, a dona Ana, mãe do Re, usou seus conhecimentos de enfermeira para tentar expulsar um dos cistos do meu pescoço, mas só provocou dor. O negócio era mais embaixo, bem mais embaixo. Então, agendei a cirurgia. Minha mãe veio ficar comigo no dia em que fui à clínica dermatológica tirar os cistos: um no pescoço e outro na axila. Mas foi tudo tão rápido e indolor que ela nem precisava ter vindo. Mas quando ouvi a palavra anestesia, gritei “manhê” e ela veio. Me lembro de eu mesma ter dirigido de volta para casa, mas não me lembro o nome da médica, só que o consultório ficava numa rua perto do Zerão.  Lembro também de a médica ter me mostrado o tamanho dos cistos e eu, incrédula: “Como uma simples espinha podia ser tão grande?”. Deixei os cistos lá para biópsia e o resultado apontou: benigno. Era s