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Mostrando postagens de março, 2012

dores de cabeça

Eu não quero viver de improviso. Eu quero construir. Eu sinto que estou no caminho certo ainda que algumas frases me magoem e me façam refletir e me deixem com dor de cabeça no fim de semana de clássico. Eu não vivo de improviso. Apesar de dizer que amanhã eu me alimentarei melhor, que amanhã eu irei caminhar no lago, que amanhã eu trocarei o óleo do carro ou farei um check-up, que amanhã eu visitarei as crianças no projeto ou almoçarei com meus tios. Eu creio que a vida é essa ai que se apresenta e que faço o que posso com os recursos que tenho. Talvez precise aprender novos recursos. E não é uma questão de capacidade, mas de oportunidade. Ainda que não viva de improviso, quero dar um passo de cada vez. Porque quando aquela coragenzinha nasce, ela se acha dona do mundo e acaba estragando tudo. Melhor ir devagar e sempre. Melhor aprender a lidar com as frustrações e andar com a cabeça erguida, sem sentir pena de mim mesma e ter a sensação de dever cumprido. Seja qual for esse dever, po

crescendo

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É muito bom sentir-se parte de algo. Saber que não importa o que você faça de errado, os amigos eventualmente vão te perdoar e tudo vai ficar bem. Que a gente não precisa ser perfeito, precisa é ser si mesmo, que as qualidades aparecem e superam os defeitos que a gente acha insuportável. De repente o que odiamos em nós é exatamente o que outro adora. É engraçado como todo mundo tem um ponto fraco. Mas quando descobrimos que o outro também tem medos bobos como os nossos, fica mais fácil se sentir verdadeiramente humano. E se admirar e admirar o amigo ainda mais. Somos todos corajosos porque a vida é mesmo complicada quando quer. Eu adoro meus amigos. Eles estão sempre em meu pensamento. Hoje sei que é assim não porque eu vivo sozinha, mas porque sou assim. Me lembro e me preocupo com aqueles que amo como se me preocupasse comigo mesma. Para mim é fácil cuidar do outro. E nessa brincadeira acabo até esquecendo de mim, às vezes, mas prefiro ser essa pessoa que nunca esquece. Que quer esta

sensação

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Há dias carrego a sensação de que algo vai acontecer comigo. Não sei bem se será bom ou ruim, apenas que vai acontecer comigo. Nas duas últimas semanas, muitas coisas estranhas me aconteceram para as quais há explicação e ainda assim eu as achei bem esquisitas. Agora essa coisa engasgada na minha garganta. Pode até ser gripe, mas não creio. Acho que algo muito grande vai me acometer e não saberei como lidar com isso. Me sinto meio encurralada nos meus próprios pensamentos. Mas isso também é comum, vivo perdida dentro de mim mesma. Sei lá. Talvez seja a rotina me matando aos poucos novamente, talvez seja o trabalho, que têm se acumulado e me trazido apenas preocupações ultimamente. Talvez seja a iminência de férias tão desejadas e a possibilidade de conhecer lugares nunca antes visitados. Talvez seja apenas a tal expectativa. E como adoro sofrer por antecipação, meu estômago já dói antes mesmo que alguma coisa efetivamente aconteça. Todo ser humano tem aquilo que chamamos intuição e som

família

Que saudade me deu da minha família, de repente. Dos domingos tranquilos, cada um no seu canto e ainda assim junto. Minha mãe fazendo almoço, eu e meu pai vendo futebol italiano na tv, a Na dormindo. A gente almoçava cedo. Meio-dia e meio já tava todo mundo pronto para passar a tarde dormindo. Minha mãe tomando conta do seu lugar no sofá, meu pai seguindo o chamado da cama, a Na ainda dormindo e eu vendo tv com a minha mãe. Eu assistindo e ela dormindo. E assim que eu mudava de canal, ela acordava e reclamava. Quatro da tarde e o meu pai acordava para ver mais futebol. Se eu estivesse inspirada, ia para o quarto ver o Verdão com ele. Se não estivesse passando o Parmera, a gente assistia o jogo da vez e ouvia o Palmeiras pelo rádio. Se meu espírito não estivesse tão futebolístico eu permanecia na sala, vendo seriados na tv com a minha mãe até a hora da janta. Normalmente depois de acabar o jogo, meu pai tomava banho e vinha pedir comida. Só ele jantava o que restava do almoço. As menina