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Mostrando postagens de março, 2013

dez anos

Eu tava aqui pensando, dez anos é muito tempo? É pouco tempo? É tempo suficiente? Não cheguei a nenhuma resposta. Só que esses dez anos parecem ter voado. Digo isso hoje, depois que eles passaram. Ou melhor, ainda estão passando. Faltam exatamente três meses e dez dias para completar uma década de Folha de Londrina. Uma década de Paraná. Uma década fora da casa dos meus pais. Uma década dividida com muitos. Uma década só minha. Desde que cheguei aqui me pergunto o que vim fazer por aqui. Por que aquele japonês baixinho me escolheu para trabalhar para ele lá na sucursal do Oeste paranaense, onde não tem nada de interessante e ainda assim muitas pautas acontecem. Por que fui uma das poucas repórteres que permaneceu depois daquela onda de demissões em 2004. Onda que levou o japonês baixinho. Por que fui parar no campo, voltei para cidade, fui para o universo paralelo e agora estou econômica e veloz. Por que tudo isso? Mereço tudo isso? Só consigo me perguntar qual o propósito de tudo isso

texas forever

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Foi assim: eu estava feliz rumo à obesidade mórbida, acumulando 15 kg acima do meu peso normal. Me acostumando a ficar sozinha depois de quatro anos dividindo o apê com a prima. Comendo porcaria para compensar o fato de trabalhar até as nove da noite todo dia. Enfim, tudo caminhava para roupas novas e de um tamanho maior. Mas acontece que eu tenho uma melhor amiga que vivia me dizendo que eu precisava fazer alguma coisa por mim. Dizendo que eu devia melhorar minha alimentação e fazer exercícios. E eu estava com o saco bem cheio de ouvi-la dizer isso todo santo dia que me via. Eu tenho espelho em casa, aliás tenho cinco espelhos em casa, então sei exatamente como estou. E como as roupas 42 de repente ficaram apertadinhas. Mas também sei que se a vontade de mudar não partir de mim, nunca chegarei a lugar nenhum. Pois bem, depois de muita insistência da melhor amiga, que inteligentemente criou um grupo de apoio para que eu não me sentisse assim tão sozinha na batalha, resolvi participar d

resgatando canarana

Aventura nas Canaranas (22/04/2012) Depois de dormir apenas cinco horas após a polentada e dirigir até Londrina onde tomamos nosso primeiro avião, almoçamos no genérico do Subway no Afonso Pena, onde degustamos um capucino que custou sete reais, enquanto ouvíamos que nosso voo estava atrasado. Mesmo arremetendo umas três vezes antes de pousar em Congonhas dez minutos antes da partida do terceiro avião, chegamos em Goiânia no horário para o ônibus que chegará em Canarana às 10 da manhã. Amendoim, goiabinhas, suco de laranja, pão na chapa com manteiga Aviação, coca, mate e quibes esquisitos forraram nossos estômagos antes de embarcarmos no Xavante rumo ao coração do Mato Grosso. Pernas e pés inchados, lente coçando no olho e um soninho embalado pelo sacolejar do ônibus. E um coração ansioso pela última semana de férias em companhia de pessoas especiais. Já está sendo uma aventura inesquecível. Tudo o que eu precisava para agitar a vida pacata de quem está sempre à procura. Casinha

bate coração

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Por um tempo, o cérebro esqueceu do coração batendo dentro do peito. O coração tinha batido tanto e pelas pessoas erradas, que decidiu adormecer. Ele levou uns bons baques de uma só vez. Perdeu avô, a professora e a fuinha, perdeu um jovem especial, perdeu a vizinha. Ele demorou para se recuperar. Até que decidiu transformar dor em esperança. E, principalmente, em aprendizado. Diariamente ele perde a  mãe, o pai, a irmã, a avó. Perde amigos verdadeiros. E diariamente os transforma em seres humanos imperfeitos mas autênticos. E os recupera e os carrega dentro das veias e artérias, cada dia mais fortes para aguentar a pressão. No meio de tudo, ele palpitou diferente quando um outro coração notou sua solidão. Notou sua fragilidade e sua capacidade. Notou sua beleza, sua inteligência, sua mania de usar piada para afastar o medo do desconhecido. Fugaz. Foi um bater mais rápido que o outro, até que o coração acalmou e entendeu que está pronto para continuar batendo. Pela pessoa certa. Pelo m