resgatando canarana

Aventura nas Canaranas (22/04/2012)

Depois de dormir apenas cinco horas após a polentada e dirigir até Londrina onde tomamos nosso primeiro avião, almoçamos no genérico do Subway no Afonso Pena, onde degustamos um capucino que custou sete reais, enquanto ouvíamos que nosso voo estava atrasado. Mesmo arremetendo umas três vezes antes de pousar em Congonhas dez minutos antes da partida do terceiro avião, chegamos em Goiânia no horário para o ônibus que chegará em Canarana às 10 da manhã. Amendoim, goiabinhas, suco de laranja, pão na chapa com manteiga Aviação, coca, mate e quibes esquisitos forraram nossos estômagos antes de embarcarmos no Xavante rumo ao coração do Mato Grosso. Pernas e pés inchados, lente coçando no olho e um soninho embalado pelo sacolejar do ônibus. E um coração ansioso pela última semana de férias em companhia de pessoas especiais. Já está sendo uma aventura inesquecível. Tudo o que eu precisava para agitar a vida pacata de quem está sempre à procura.

Casinha!
 
São muitos detalhes. Arte por toda parte, no banheiro, na cozinha, nos quartos, na sala. Muitas árvores e vasinhos cultivados propositalmente com ervas aromáticas. Geladeira cheia de frutas, legumes, castanhas e farinhas diversas. Tem queijos e cervejas, laranjas e polpas. Um jeito tranquilo de viver, num lugar onde o silêncio só é interrompido pelo cantar dos passarinhos. De manhã, o sol acorda a gente gentilmente e da uma preguiça de levantar. É da cama para a rede e da rede para o sofá. A tv ligada nos únicos três canais que funcionam com uma hora de atraso. A novelinha da tarde aplaca a vontade de seriado. Na verdade, a mente não está no presente. Não está no passado nem no futuro. Simplesmente está. Absorvendo a vagareza, a simplicidade, a natureza. Um resgate da irmã, o descobrimento de um amigo, o autoconhecimento. Um céu azul, uma brisa, um gato ronronando e um instante de felicidade.

Acabou (30/04/2012)

Assim, num piscar de olhos. Do jeito que foi planejada, aconteceu. Sem tirar nem por. Não houve surpresa. Também não houve ansiedade. Houve a necessidade de dividir momentos em família sem se ater aos pensamentos. Eles vinham e iam embora com a mesma velocidade. Não senti que teria de agradar ninguém, quem sabe só a mim mesma, e creio que por isso foi tudo tranquilo. Mas agora que tá acabando, eu não consigo definir o que sinto. É uma leveza por ter aproveitado bastante, ainda que tenha deixado a preguiça tomar conta de vez em quando. É uma vontade de permanecer em férias, realizando mais que editar um site. É uma reflexão de que preciso melhorar a saúde, cuidar de mim, me permitir ir fundo nas paixões. Mas não sei se consigo carregar essa leveza conquistada nas férias para a rotina. Espero que sim. Acho que seria mais fácil lidar com os problemas não tentando antecipá-los. Já sinto saudade dos paparicos maternos e conversas com a Na. Sinto saudade de conhecer gente nova, paisagens novas, dos banhos em águas cristalinas, doces ou salgadas. Sei que tem uma vida me esperando mas ainda estou preguiçosa para voltar para ela. Que as energias positivas conquistadas nesses últimos dias mantenham a minha chama acesa. Que eu carregue comigo a vontade de ser melhor e viver intensamente, deixando os medos para trás. Quem sabe naquelas águas que deixaram meu espírito mais limpo.

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