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Mostrando postagens de maio, 2012

lucky

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Tô achando tudo muito estranho. De repente eu cheguei cedo, eu enfrentei poucos minutos de fila, assisti a shows muito interessantes e quando o relógio bateu 18h50, eu vi minha bandinha tocar pela segunda vez. Pulei mesmo, gritei mesmo, dancei mesmo e cantei muito. Talvez porque estava entalada com milhões de pensamentos inúteis ou simplesmente porque estava ali, ouvindo músicas que me remetem a um passado próximo que me fez muito feliz, mas que ficou para trás. Aquela euforia de ouvir o Franz e cantar aquela música especial deu lugar ao familiar. Por isso achei tudo muito esquisito. Deu tudo muito certo para mim. Só não deu certo dividir o momento com os amigos conquistados nesse passado próximo. De dentro do parque, vendo tanta gente esquisita, analisando atitudes e admirando a coragem alheia, dei risada com a prima caçula que via a banda pela primeira vez e não entendia muito bem o que acontecia. Ela se esforçou para gritar comigo um ou outro refrão, mas ficou frustrada porque eles

uma terça tilt

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Quando cheguei em Londrina, há nove anos atrás, conheci um pessoal que me apresentou um mundinho novo. Colorido, cheio de all stars de diferentes canos, barbas compridas, muito xadrez, calças justas, cabelos assimétricos e música que eu nunca havia escutado antes. Era meu mundo mágico, para o qual eu fugia terça sim, terça não. Onde conheci novas bandas, pessoas interessantes e onde comecei a beber cerveja em dias de semana. Quando eu falava da tal festa, o pessoal de casa tirava sarro. Mas ficava um vazio na semana se eu não fosse ouvir o Galão tocar. Para me ajudar a entender o que acontecia, o dj gravou dois cds com um resumo da cena musical alternativa da qual eu nunca tinha ouvido falar. E assim foi, os anos passando, novos amigos discotecando, dedicando músicas para mim até que um dia eu mesma me aventurei nas picapes. Foi sensacional. Foi um trabalhão escolher as músicas, até porque eu queria mesmo era agradar a minha turma e não o resto. Então teve de tudo e eu me senti a rainh

banho de água fria

Estava eu comendo uma pizza com uma amiga nesta sexta-feira e de repente me vi revendo alguns conceitos perdidos em meio à rotina exaustiva. Foi mesmo assim, entre um pedaço de pizza e um gole de Coca, que nos vimos discutindo o futuro da nossa profissão e como a vida depende da paixão para fazer sentido. Sim, a vida, não só a profissão, não só os relacionamentos, não só a saúde, mas cada segundo precisa de um bocadinho de paixão para fazer o mínimo de sentido. Tá bom, parece exagero, mas tem um fundinho de verdade nisso tudo. Se cada vez que eu levasse uma bronca eu encarasse como um ato passional, talvez eu entendesse realmente o que deveria mudar e faria melhor para, justamente, não levar a tal bronca de novo. Talvez se eu defendesse meu ponto de vista com mais sentimento, ele seria acatado. Nem que fosse uma única vez e isso seria o máximo. Paixão é uma palavra simples, mas de um significado enorme para o ser humano. Nos move. Nos coloca à prova, nos faz cometer os atos mais insano

sobre contos e fadas

Pelo visto a gente realmente não muda. As neuroses nos acompanham, nós é que temos que saber lidar melhor com elas. Tenho ouvido isso há uns dois anos e a coisa toda parece não querer entrar na minha cabeça. Dai vem a irmã e diz que tudo o que tenho feito parece mesmo não ter modificado nada. E vem a prima-irmã e fala a mesma coisa e eu me pego suspirando ao ver mais uma comédia romântica na tv e eu mesma me pergunto se já não é hora de crescer de verdade. Deixar a reclamação para quando ela realmente é necessária e simplesmente encarar que as pessoas gostam de mim exatamente como sou e que realmente não preciso ser a melhor de todas. Preciso apenas ser. Se acho que meus olhos são verdes mas o mundo insiste em dizer que são azuis, por que não dar uma chance ao mundo e tentar enxergá-los com o tom azulado que, quando as pupilas não estão dilatadas, aparece no espelho. Tomar bronca por deixar de procurar um médico quando o cabelo está caindo há pelo menos um ano e o estômago queima depoi

abre a porta e a janela, venha ver quem é que eu sô

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Quem sou eu? Quem é você? O que estamos fazendo aqui, nesta vida que hora parece fazer sentido, hora lembra ficção científica. Quem sou eu neste emaranhado de pensamentos. Em meio a mentes que não param de calcular nem por um segundo. A noção de tempo parece ser diferente para cada um e ainda assim, vivemos o mesmo tempo. As mesmas horas compostas por minutos que duram 60 segundos e assim vai. Por que, então, aquela vida na cidade quente e de ruas largas parece ser mais pacata que a vida em terras vermelhas, quando a rotina em terras vermelhas parecia mais pacata que a loucura da metrópole? Por que a secura do cerrado encanta os olhos, ainda que cercada de capitalismo em forma de gado e soja? Lembranças da vocação familiar ou algo parecido, talvez.   Por que um banho no mar de águas quentes e calmas consegue afastar os pensamentos e tudo o que se vê pela frente são recifes de corais e não a conta do cartão de crédito ou a consulta no dentista? Não há ondas, não há conflitos, só a conte