lucky

Tô achando tudo muito estranho. De repente eu cheguei cedo, eu enfrentei poucos minutos de fila, assisti a shows muito interessantes e quando o relógio bateu 18h50, eu vi minha bandinha tocar pela segunda vez. Pulei mesmo, gritei mesmo, dancei mesmo e cantei muito. Talvez porque estava entalada com milhões de pensamentos inúteis ou simplesmente porque estava ali, ouvindo músicas que me remetem a um passado próximo que me fez muito feliz, mas que ficou para trás. Aquela euforia de ouvir o Franz e cantar aquela música especial deu lugar ao familiar. Por isso achei tudo muito esquisito. Deu tudo muito certo para mim. Só não deu certo dividir o momento com os amigos conquistados nesse passado próximo. De dentro do parque, vendo tanta gente esquisita, analisando atitudes e admirando a coragem alheia, dei risada com a prima caçula que via a banda pela primeira vez e não entendia muito bem o que acontecia. Ela se esforçou para gritar comigo um ou outro refrão, mas ficou frustrada porque eles não tocaram justamente as canções que ela havia decorado. E eu nem ai. A amiga que aguentou a espera sentada num chão duro até chorou. Sentiu falta das amigas que ficaram de fora e enfrentaram a dureza da metrópole. É nessas horas que a gente vê como Sampa realmente funciona. É muita gente em pouco espaço. É muita impaciência em pouco tempo. É muito tudo, sempre. E dessa vez, eu não sofri. Isso sim é estranho. O pai que me levou e buscou sem reclamar, o padrinho que me esperava em casa só para dar um abraço. No fim de semana teve até bebedeira na casa do bom e velho primo-irmão e estômago revirado na madrugada. De tão estranho, ficou bom. Melhor quando vi que a prima caçula não sentiu nem um friozinho na barriga ao subir num avião pela primeira vez. Deu até risada, olha só. Tudo muito estranho mesmo. E por isso tenho mais é que agradecer. Lembrar de não esperar muito das coisas para que elas simplesmente aconteçam. Como um novo layout para o site para dar menos dor de cabeça ou a amiga que escuta as lamúrias alheias ainda que cansada de ouvir a mesma ladainha. Li hoje que ter paciência com o outro é amor, ter paciência consigo mesmo é esperança e ter paciência com Deus é ter fé. Creio que preciso mesmo é praticar muito amor, esperança e fé.

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