Todo pessimista tem seu lado otimista

Engraçado como ultimamente as pessoas têm notado mais o meu lado pessimista. Ou talvez criaram coragem para me dizer cara a cara. E saber disso me incomoda porque tenho a mania (para não dizer necessidade) de agradar todo mundo. Não quero ser pessimista, mas a verdade é que meu copo está sempre meio vazio. Talvez porque sofro por antecipação, talvez porque simplesmente tenho medo de tudo o tempo todo e viver sob certas regras facilita. Tenho manias irritantes que fazem rir (ou chorar) qualquer um e a principal delas creio ser a mania de organização. Preciso organizar tudo em todo lugar para conseguir funcionar com o mínimo de normalidade. Ainda que isso não pareça tão normal. E isso atrapalha quem está por perto. Aprendi hoje, em mais uma conversa na poltrona marrom, que é preciso dar tempo para a adaptação. É preciso confiar no resultado, independente de qual seja, e dar chance à troca de experiências. Deixar o novo entrar sem tanta censura, até para aprender. Vivendo anos a mesma rotina, qualquer movimento diferente causa estranhamento e dúvida se vai dar certo. Por isso o pessimismo. Mas não me vejo como a pessoa que leva todo mundo pro buraco junto com ela. Só o meu copo é meio vazio. Sempre consigo enxergar copos meio cheios por onde passo. A grama do vizinho é sempre mais verde. Mas porque tenho medo de tudo e gosto de viver na zona de conforto e não porque não acredite num mundo melhor, apesar de levar tombos vez ou outra. Enfim, só quero gritar para todos ouvirem que sou pessimista de coração mole, capaz de desistir de qualquer tristeza em nome de um sorriso. Para mim, copos meio vazios também são sinônimo de oportunidades.

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