eu quero subjetividade

De tanto me apegar às minhas próprias tradições, decidi abandonar tudo este fim de ano. Não vou comer lentilha, não vou comer romã, nem uvas, não vou jogar champagne por trás dos ombros, nem pular ondinhas, apesar da chuva que cai na cidade da garoa. Não vou usar roupa nova, nem lingerie colorida para pedir sei lá o que. No máximo vou guardar uma folha de louro na carteira, se minha vó me der uma. Isso porque precaução nunca é demais. Vou tentar não levantar tantas polêmicas e falar menos durante a festa, apesar de saber que isso é quase impossível. Falando sério, o ano de 2011 foi o que eu construí para ele. O bom e o ruim dele fui eu quem criou. Toda ansiedade e desespero que experimentei no primeiro semestre, quando decidi que do jeito que estava não dava mais. Todo o esforço para dar um passo adiante e conquistar uma mudança importante. Até os sentimentos ruins para com pessoas tão queridas me fizeram crescer e entender e aceitar e virar a página. E acreditar que eu mereci tudo o que de bom me veio. Tudo de ruim desejo que fique lá atrás. Eu ainda não sou escritora, mas posso ser, se quiser. Eu ainda não guardei dinheiro, mas posso guardar. Eu ainda não namorei, mas posso me apaixonar. Ainda não tive um filho, mas nunca é tarde sonhar. Eu já fiz tanto, mas ainda tenho tanto a fazer. E a cada dia percebo que só depende de mim. Até me deixar triste depende só de mim. Então, para 2012, eu não quero o básico. Quero a subjetividade. Quero o belo, a música, o filme, o livro, quero simplesmente acreditar. Eu quero leveza. E sorriso. Sempre!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

quase morri atropelada

voz

45 do primeiro tempo