adorável psicose

E de repente minha mãe me fez assistir um seriadinho do Multishow que fala sobre terapia. Mais precisamente da adorável psicose que é a vida da Natália, a dona da série e de histórias que me fazem rir e refletir. Universo paralelo, sitcom, exercícios, o cara de bigode que é tosco mas tem lá o seu charme, entre outros temas malucos que de malucos não têm nada. São, na verdade, a versão engraçada do dia a dia de qualquer humano, porque a Natália, dona também do blog que leva o mesmo nome do seriado, é humana, com H maiúsculo. E justo hoje, que acordei com aquele vazio no peito e vontade de chorar, sentindo aquela peninha básica de mim mesma, tinha um post perfeito para mim. Sobre ego. Sobre a nossa capacidade de pensar somente em nós ainda que esteja caindo o mundo lá fora. E o mais legal é que ela fala sobre ego sem o intuito de parecer boazinha e se tornar altruísta de uma hora para outra. Ela assume seu egoismo e manda ver uma música dos Beach Boys. Foi um alento numa semana difícil. De tremendas decisões nunca antes experimentadas. De novas páginas viradas e medos bobos que insistem em cutucar o pensamento. A Natália Klein, dona do humor na medida certa para me fazer pensar e não apenas sorrir, me deu uma coragem para sair da minha cabeça por um instante e viver. Sempre tenho esses rompantes de querer me isolar do resto do mundo e achar que a culpa de tudo o que dá errado é minha e que não mereço nada. Egocentrismo. Já tinha esquecido desse meu velho amigo. Afinal, já passa de um mês desde que sentei na poltrona marrom. No início achei que daria conta. Outras vezes desesperei e não consegui ficar sozinha. Hoje já não sei como estou. Mas me lembrei que não sou o centro do universo e posso cometer erros e parecer inconveniente que meus amigos vão gostar de mim do mesmo jeito. Me apropriando da invenção da Natália, me sinto, também, uma adorável psicótica.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

quase morri atropelada

voz

45 do primeiro tempo