finais
No final tudo dá certo e se ainda não deu certo é porque não chegou o final. Tá bom, eu entendo que tudo vai ficar bem, mas de repente eu queria um tantinho de paz por mais uns dois meses, só para poder realmente aproveitar a praia e as duas mulheres da minha vida. É pedir demais? Eu sempre briguei tanto com elas e quando finalmente a gente se entende, eu não me entendo. Oras bolas carambolas. Eu acho que devo mesmo ter um parafuso solto ou sentimento demais dentro do peito. Ou as duas coisas. Eu sei que a felicidade depende mais de mim do que do outro. Também sei que tenho que deixar o outro fazer a parte dele de vez em quando e não resolver tudo sozinha, mas ainda me sinto na creche nessas horas. Só consigo ter certeza de que se o certo demorar para chegar eu ainda terei o meu próprio rosto para encarar no espelho e isso deve bastar. Mas o problema é que de vez em quando ele não basta e ai, como fazer? Eu sei que nem tudo que acontece de errado é culpa minha, que não estou aqui para salvar o mundo e que algumas pessoas simplesmente não vão gostar de mim, mas ainda assim carrego obrigações que não são verdadeiramente minhas e dores que nem deveriam doer em mim. É a troca ou é o medo. Eu sei lá. Só sei que não queria decepcionar e vou decepcionar. Não queria me preocupar e já estou preocupada. Não queria perder e estou prestes a perder e isso é muito frustrante. Essa vida adulta insiste em ensinar sempre que a gente quer simplesmente relaxar. E estou percebendo que isso nunca mais vai acabar. Acho que nem quando eu for bem velhinha e começar a dar trabalho. Do jeito que eu sou eu vou acabar me internando num asilo e vivendo no meu quartinho com a minha tv a cabo só para não incomodar. De repente eu morro e ninguém nem vai perceber. E pelo menos eu estarei feliz porque não incomodei. Ô menina idiota. (hoje, infelizmente, não deu para contar nenhuma alegria)
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