a Mari não tem...
Hoje é Dia do Solteiro e bem nesta quarta-feira, que saio mais cedo do trabalho, resolvo que quero entregar o presente da faceira Clari, que fez aniversário há um bom tempo já. Pois combinei com a Carol, mãe da pequena, de jantarmos algo saudável enquanto matamos as saudades umas das outras. Depois da academia, o trio passou em casa para me buscar e partimos rumo ao único restaurante light que conhecíamos. Quem diria que ele estaria fechado. Seguimos, então, passeando pelas ruas da pequena Londres até decidirmos comer um sanduíche árabe. As meninas nunca tinham provado então seria uma experiência nova. Conversa vai, conversa vem, dona Ceci resolve elencar o que a Mari não tem na vida. "A Mari não tem namorado, a Mari não tem marido, a Mari não tem paquera, a Mari não tem amante, a Mari não tem filho, a Mari isso, a Mari aquilo". Até ai, tudo bem, estávamos rindo à beça quando a Clari solta: "A Mari não tem metidão". Traduzindo: "A Mari não é metida não". Ufa. Mais risada. Acabada a primeira rodada de shawarmas, Clarice decidiu que queria provar a de frango e partimos para a segunda rodada. E qual não foi a minha surpresa quando começamos a lembrar tudo o que a Mari não tinha de novo. Dessa vez, a conclusão da pequena notável foi: "A Mari não é piriguete". E a Clari sabe lá o que é isso? Não só sabe como fez questão de explicar. E rimos mais um bocado. De estômagos forrados, voltamos para casa. As meninas me deixaram em casa e correram para levar o lanche do pai. Eu chego em casa, abro a porta do apartamento, acendo as luzes e reparo que estou sozinha. Esta noite a Mari também não tem nem a prima. Cansada, resolvo ir direto para cama. Até que me dou conta: a Mari não tem mesmo tudo aquilo que a Ceci listou no restaurante. Mas ela tem a Ceci, tem a Clari e tem a Carol. Tem uma dezena de outros amigos. Tem a mãe, o pai, a irmã e até um cunhado. Tem primos a perder de vista, até do outro lado do oceano. A Mari tem uma rede super humana na qual pode se jogar sempre que se sentir só. E tem a si mesma. Da hora que acorda à hora de dormir. Foi como perceber que mesmo parecendo não ter nada, a gente sempre tem um pouco de tudo!
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