barbearia
Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Descobri assim mesmo, por acaso, o quanto a vida é redonda. Ela é tão redonda, que se você jogá-la para longe ela rola de volta para você. E ai não tem escapatória. A redondice da vida te faz reviver erros que você pensava nunca mais repetir até repetí-los de novo tantas quantas as vezes necessárias para aprender. A redondice da vida te coloca de cara com o espelho sempre que o ego te surpreender. Te coloca frente a frente com a pessoa que mais te cobra e mais te machuca. Te faz ver de um jeito ou de outro o quanto você sabe ser injusto. A redondice da vida te aponta os defeitos: os seus e os dos outros. Na verdade, os alheios são reflexos do que não gostamos em nós e queremos mudar mas somos muito egocêntricos para fazê-lo. Essa bola gigante que nos põe em movimento dia sim outro também nos leva para longe de nós mesmos, nos traz de volta, nos transporta para perto de quem nos faz bem e até de quem nos faz mal, para nos fazer encarar os medos. A redonda pode ser macia, pode ser dura como rocha, pode ser colorida, monocromática, pode ir longe ou ficar por perto. Ela pode voar conforme a força que aplicamos nela. Mas uma coisa é certa: ela sempre volta. Até quando cai sobre o telhado ou pula o muro da casa do vizinho. A redondice da vida nos coloca em armadilhas criadas não pelo universo mas por nós mesmos. Sabe aquele medo de encarar aquela situação? Ele volta a rondar o estômago quando a mesma situação ressurge. Se não enfrentarmos de novo, a vida se encarregará de reapresentá-la para nós num outro momento oportuno, até o final justo. É simples assim. É aquela sensação de familiaridade, de déjà vu. Não são coincidências, mas a redondice da vida se apresentando. E o livre-arbítrio existe para que a decisão de cometer ou não o mesmo erro fique em nossas mãos. Se existe um Deus, ele pensou em tudo. Ou até a Terra não é redonda e todos os caminhos não levam à Roma? Pois quando me vejo na mesma situação e decido seguir pela estrada mais rápida e mesquinha, imediatamente sinto aquele peso no ombro e a certeza de que errei e serei cobrada de novo. A bola vai voltar para as minhas mãos cedo ou tarde e eu terei de escolher novamente se quero marcar ou entregar o ponto. Outra noite, entreguei o ponto. Fui covarde e egoísta. Me aproveitei da embriaguez das coisas boas da vida e errei de novo. Como humana que sou. Mas imediatamente me veio a redondice da vida em mente e acordei. Preciso parar. Preciso pensar no próximo passo antes de dá-lo. Preciso considerar o maior número de variáveis antes de fazer a jogada. Me fortalecer para tentar não me deparar com o espelho novamente. Essa eu perdi mas certamente não perderei a próxima. Sou falha, mas não burra. Não quero sofrer à toa. Quero continuar a brincar com a bola redonda da vida, que ora murcha ora se enche de ar, mas nunca para de rolar.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Descobri assim mesmo, por acaso, o quanto a vida é redonda. Ela é tão redonda, que se você jogá-la para longe ela rola de volta para você. E ai não tem escapatória. A redondice da vida te faz reviver erros que você pensava nunca mais repetir até repetí-los de novo tantas quantas as vezes necessárias para aprender. A redondice da vida te coloca de cara com o espelho sempre que o ego te surpreender. Te coloca frente a frente com a pessoa que mais te cobra e mais te machuca. Te faz ver de um jeito ou de outro o quanto você sabe ser injusto. A redondice da vida te aponta os defeitos: os seus e os dos outros. Na verdade, os alheios são reflexos do que não gostamos em nós e queremos mudar mas somos muito egocêntricos para fazê-lo. Essa bola gigante que nos põe em movimento dia sim outro também nos leva para longe de nós mesmos, nos traz de volta, nos transporta para perto de quem nos faz bem e até de quem nos faz mal, para nos fazer encarar os medos. A redonda pode ser macia, pode ser dura como rocha, pode ser colorida, monocromática, pode ir longe ou ficar por perto. Ela pode voar conforme a força que aplicamos nela. Mas uma coisa é certa: ela sempre volta. Até quando cai sobre o telhado ou pula o muro da casa do vizinho. A redondice da vida nos coloca em armadilhas criadas não pelo universo mas por nós mesmos. Sabe aquele medo de encarar aquela situação? Ele volta a rondar o estômago quando a mesma situação ressurge. Se não enfrentarmos de novo, a vida se encarregará de reapresentá-la para nós num outro momento oportuno, até o final justo. É simples assim. É aquela sensação de familiaridade, de déjà vu. Não são coincidências, mas a redondice da vida se apresentando. E o livre-arbítrio existe para que a decisão de cometer ou não o mesmo erro fique em nossas mãos. Se existe um Deus, ele pensou em tudo. Ou até a Terra não é redonda e todos os caminhos não levam à Roma? Pois quando me vejo na mesma situação e decido seguir pela estrada mais rápida e mesquinha, imediatamente sinto aquele peso no ombro e a certeza de que errei e serei cobrada de novo. A bola vai voltar para as minhas mãos cedo ou tarde e eu terei de escolher novamente se quero marcar ou entregar o ponto. Outra noite, entreguei o ponto. Fui covarde e egoísta. Me aproveitei da embriaguez das coisas boas da vida e errei de novo. Como humana que sou. Mas imediatamente me veio a redondice da vida em mente e acordei. Preciso parar. Preciso pensar no próximo passo antes de dá-lo. Preciso considerar o maior número de variáveis antes de fazer a jogada. Me fortalecer para tentar não me deparar com o espelho novamente. Essa eu perdi mas certamente não perderei a próxima. Sou falha, mas não burra. Não quero sofrer à toa. Quero continuar a brincar com a bola redonda da vida, que ora murcha ora se enche de ar, mas nunca para de rolar.
de alguma forma, foi uma "Psico Sexta"...
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